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Revista Pró Moto

sábado, 30 de julho de 2011

A trilha do Impossível.

Sábado, chuva e um trecho de mundo desconhecido. Desconhecido pelo menos pra dois pedivelas prontos pra qualquer parada, ou melhor, pedalada.
Somente Ernesto e eu neste teste de trilha, sem gps mas com muita coragem e disposição, pra aguentar acordar cedo, encarar a lama e suportar os "borrachudos", "muriçocas" e afins.
Depois de 4 km pela BR-330 sentido Barra do Rocha, descobre-se porque batizamos esta trilha de "A Impossível". Atravessando um curral de uma pequena propriedade, tem início um martírio de lama que até os mais animados (ou seja nós), chegam a expressar: "Cara, essa vai ser impossível!".

Mas pedivela que é pedivela, não desiste! E chamo o amigo Ernesto, pra não me deixar mentir sozinho.
Mais empurrando que pedalando, avançamos lentamente pelos primeiros 2 km, e a cada olhada pra trás a casa que deveria estar a kms de distância, estava a poucos metros. Não conseguíamos distância.

Após o primeiro top difícil, uma descida dá acesso a um vale largo, onde conhecemos Seu João, quem nos forneceu importantes informações e que por motivos de falta de observação, acabamos por desconsiderar e nos tirar da rota planejada. Fiquei de pegar o Gps do Gabriel emprestado, mas esqueci de ir na casa dele na noite anterior, assim o jeito foi navegar "de orelha", ou seja, fazendo burradas. A trilha pretendida deveria ter 26 km de extensão mas por uma conversão a esquerda antes da hora, abreviou a trilha para 15,6  km (uma simulação feita no GEarth, que oportunamente será aferida). Ainda bem que isso aconteceu pois o trecho estava tão "pesado" que já estávamos exaustos, na metade do caminho. Quando percebemos que estávamos encurtando o caminho, segundo as informações do Seu João, decidimos continuar no trecho, pois sabiámos que ele iria encontrar com outro trecho, este conhecido, que dá acesso ao Cacau do "Tente Outra vez" na estrada do Hotel Fazenda.
A dificuldade, nem era tanto pelo relevo que no geral, apresentou poucos trechos íngrimes, mas sim, pela falta de tração, nos trechos "pedaláveis", onde muito esforço era desprendido para o pouco que se avançava. No final, uma parada, para mais uma informação e conhecemos outra figura, Seu Buga. De uma simpatia e humor incríveis, nos ofereceu água e um bate-papo agradavel enquanto descansávamos, após uma descida rápida e lisa em um trecho pavimentado de basalto, que os pneus cheio de lama, aderiam igual "maria-mole na boca de banguelo". Meu freio dianteiro já tinha ido "pro saco" e o traseiro estava "meia boca" e teve que ser "no braço".
Foi uma trilha difícil, mas os morros cobertos de Mata Atlântica, os lagos, o clima, os animais, as pessoas simples e simpáticas, fizeram tudo não parecer mais que um passeio.
A frase do dia ficou por conta do Seu João, que quando pergutado se os cães que latiam sem parar na próxima casa, mordiam, respondeu: "Morde... mas tão preso"! Eita, Seu João é de uma sinceridade...!
Esta trilha ainda nos aguarda de volta, em tempos mais secos e com mais pedivelas na invernada. Curtam as fotos e até a próxima!!


Começando o dia...

A trilha promete...

Encarando a lama...

Aliviando o peso e o desgaste dos componentes.

Subida penosa

Seu João em sua casa no alto da serra...

Ernesto e as Emas

Descendo para Seu Buga

Lavando as máquinas
Feiçebuq: